Sabe quando o tempo pára? As coisas vão acontecendo, momentos passando, o mundo em constante movimento e parece que nada está ao nosso redor? Freqüentamos os mesmo lugares, com a mesma rotina, as situações engraçadas de sempre, repetindo-se, compelindo-se e, sem perceber, tem gente que vai, tem gente que chega e nós não conseguimos acompanhar a vida.
Conhecemos pessoas novas, mas não reconhecemos ninguém, não vemos ninguém. Tiramos fotos, vamos ao cinema, realiza o maior desejo dos últimos cinco minutos, divertindo-se como nunca. Mas, no instante seguinte, sente fastio daquilo que acabou de viver. Parece que falta algo, alguém.
Não entendemos nenhum dos caminhos que a vida mostra, não conseguimos ver além de nenhum deles se não for o determinado, aquele especial. Esquecemos preconceitos, esquecemos conceitos, preocupações e ocupações, dos problemas corriqueiros. Lutamos para esquecer a realidade e relutamos para esquecer-se de se esquecer e assim, quem sabe, podermos, simplesmente, sonhar.
O tempo pára em um sonho, em um desejo. A vida também é assim: pára na esperança, na espera. Quanto tempo? Talvez milênios, para a evolução; séculos, décadas e anos em revoluções; meses para o amor. No caso de hoje, vinte e um.